sábado, 10 de março de 2018

NO CAMINHO DO BEM


NO CAMINHO DO BEM
Jackson Valoni - Angra dos Reis/RJ

Com sete anos, Roberta era minha namorada. Eu gostava dela o mesmo tanto que gostava de jogar Master System. Ela era minha namorada, mas nunca segurei na mão dela. Ela era ruiva e tinha sardinhas na bochecha. Um dia ela escreveu um bilhetinho pra mim, e no lugar do meu nome estava escrito "jaquissom", ou alguma coisa assim. 

Eu tinha seis anos, nunca havia segurado a mão dela, mas era a primeira ideia que tive sobre ter um par romântico. No meio do ano de 1996, Roberta foi escolhida para ser o meu par durante os ensaios para a festa junina promovida pela escola. Imagina, eu que até então só dançava com meu pai as músicas do Trem da Alegria, agora tinha uma das minhas mãos segurando a mão da Roberta!

Esta semana eu soube de uma cena que gerou debate: dois meninos se beijam enquanto comemoram o aniversário de 12 anos de um deles. Esses garotos eram um pouco mais velhos do que eu, quando era apaixonadinho pela Roberta, mas não deixam de ser crianças. Se bem que, tecnicamente, o menino de 12 anos já é um adolescente de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente.

Algumas coisas me chamaram a atenção durante esta semana. Como exemplo, citaria a ajuda financeira de igrejas evangélicas para reconstruir um terreiro de religião africana. Um tema que pode produzir um debate bastante interessante.

Temas mais ousados, como o aborto, pena de morte, legalização da maconha, a participação de líderes religiosos na política, entre outros, só podem ser debatidos de forma genuína por um cristão - estou restringindo ao cristão, não ao evangélico - se os princípios de suas palavras forem demonstrados em sua vida. E aqui estamos num campo minado, já que grande parcela de cristãos apoia um pretenso candidato à presidência da República que respalda seus argumentos com sérios ataques racistas, raivosos, e fomentadores de ódio.


O grande problema é que o cristão, sobretudo o evangélico, é referência de moralismo, boas maneiras e bons costumes. E quem não gosta de ver a pessoa certinha quebrando a cara? 


Uma vez Deus pediu pra Adão e Eva não comerem a fruta de uma árvore específica. Satanás, por meio de uma serpente, desmentiu Deus e fez Eva comer. Eva fez Adão comer. Deus disse "certamente morrerás" (Gênesis 2:17), mas Satanás disse "é certo que não morrereis" (Gênesis 3:4). Todos pecaram, e o salário do pecado é a morte. Satanás escolhe bem suas palavras, e defende suas teses com a habilidade de um professor ao ensinar aquilo que gosta.

Infelizmente, nem toda frase libertadora provém de Deus. Hoje, colocam-se de lado os ensinamentos de Deus para enaltecer doutrinas de filósofos que sustentam suas correntes de pensamento contrárias ao que o Senhor nos mostra. Alguns ainda tentam aliar a máxima "Deus é amor" (I João 4:8) com a permissividade que o mundo moderno injeta.

Satanás venceu no Éden, Jesus venceu na cruz. Não deixe as verdades de Cristo passarem em vão no seu coração. Apenas com Deus em mente seremos capazes de tomar um partido correto sobre as questões mais polêmicas deste mundo que tende a sucumbir.

"Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte? Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. De maneira que eu, de mim mesmo, com a mente, sou escravo da lei de Deus, mas, segundo a carne, da lei do pecado." Romanos 7:24, 25


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