quarta-feira, 20 de julho de 2016

GRANDE E MEDO

GRANDE E MEDO
Por João Octávio Barbosa

Feliz aniversário, Gisele Bündchen! Feliz aniversário, Dado Dolabela! Feliz aniversário, Carlos Santana, guitarrista! Feliz aniversário, Jaqueline, aquela que conseguiu me namorar, até agora, por três anos consecutivos, completados também hoje. Poderia, igualmente, dar parabéns para Alexandre, o Grande, que apenasmente não faz hoje 2.372 anos de vida pelo mero detalhe de ter morrido há duas mil trezentas e trinta e nove primaveras.

Caso você tenha visto o filme “Alexandre” (2004), de Oliver Stone, talvez se lembre da cena em que o rei macedônio persegue a outro rei, chamado Dario. Essa parte da história do filme é tida como real na vida de Alexandre. Dario governou a região chamada Medo, mais conhecida hoje como Pérsia. Um monarca chamado Dario também aparece na Bíblia como líder do povo dos medos. Porém, não há provas de que os dois, na verdade, sejam a mesma pessoa. Este parágrafo é o que eu entendi da história; não o tenham como parâmetro para o ENEM.


Dario é o personagem da coluna de hoje. Ele tem algumas citações na Bíblia, nos livros de Esdras, Neemias, Ageu e Zacarias. Mas a principal fica em Daniel 5:31-6:28. Uma conferida lá me adiantaria muito. Fik a Dik.

Já chegando à velhice, Dario vence a Babilônia e passa a dominar a região onde Daniel era muito recomendado e ocupava um cargo de ministro do alto escalão. Não o rebaixa, mas, para trabalhar com ele, cria uma comissão de líderes com mais duas pessoas. Esses dois homens percebem não ter a mesma capacidade de Daniel, e instauram a Lava Jato para forçar o impeachment do profeta. Descobrem que Daniel era fervoroso na adoração a Deus, e preparam a armadilha.


Dario, coitado, foi massa de manobra. Com sua camisa amarela da CBF, canetou o abaixo-assinado porque “era contra os corruptos” e, quando foi ver, derrubou o político mais honesto que ele tinha, deixando no lugar os golpistas que ele já estava pensando em dispensar. Traído pelo ego, deixou-se levar pela ostentação de ser tratado como um deus, um ser que todos deviam exaltar.
No versículo 14 do capítulo 6, vemos que Dario fica chocado ao saber que assinou uma lei que condenaria Daniel à morte, devorado por leões. Ele tenta recorrer, mas o Supremo Tribunal Federal dos medos estava “totalmente acovardado”, por mais infame que seja o trocadilho. A lição é: certas escolhas que nós fazemos, simplesmente, não têm volta. Para certas coisas, nem o arrependimento sincero resolve. Você entra num relacionamento extraconjugal e contrai uma DST. Você pede perdão. Deus o perdoa, sua esposa o perdoa, a sociedade perdoa, mas o vírus não o perdoa. Ele está lá e lá ficará.


Mas Dario é mais um (e minha coluna é especialista nisso; veja os textos anteriores) caso de fé em Deus de onde menos se espera. Esse rei estrangeiro, com outra cultura, outros deuses e religiões, que tinha acabado de exigir que todo o reino o tratasse como um deus, mesmo assim, acredita no poder do Deus de Daniel. O testemunho pessoal de Daniel foi tão forte que causou isso.

Dario fecha a cova e se despede de Daniel pedindo que Deus o livre da morte. Passou a noite em jejum, em virtude disso. E veja só: acordou de manhã, às pressas, e foi até a jaula de um leão faminto para ver se achava Daniel vivo. Fé: era óbvio que Daniel tinha sido devorado! SQN.



Dario jogou aos leões os golpistas e sua cambada. E alegrou-se porque viu o poder de Deus. Não quer você vê-lo também? Quando Dario se achou deus, ele não ousou romper com a tradição da constituição dos medos e revogar a lei que aprovou, a fim de salvar Daniel. Porém, quando ele reconheceu que havia um Deus de verdade, que livrou Daniel tão milagrosamente da morte, deu de ombros para a lei e jogou uma por cima dizendo que só o Senhor deveria ser adorado.

Dois anos depois, como lemos em Esdras, Dario deu ordem para que a construção do Templo de Jerusalém continuasse, e financiou a obra toda. Esse templo existe ainda hoje, ainda que só um muro, conhecido como o Muro das Lamentações. Porém, na época, não era de lamentações o discurso de Dario.

Encerrarei com as palavras finais dele. Mas, antes, fica o convite: venha sentir o poder desse Deus.

Da minha parte é feito um decreto, pelo qual em todo o domínio do meu reino os homens tremam e temam perante o Deus de Daniel; porque ele é o Deus vivo e que permanece para sempre, e o seu reino não se pode destruir, e o seu domínio durará até o fim. Ele salva, livra, e opera sinais e maravilhas no céu e na terra; ele salvou e livrou Daniel do poder dos leões.” Daniel 6:26, 27


Não peço que concordem, espero que reflitam!

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