domingo, 2 de agosto de 2015

DO RIO A VIENA, MAS NÃO SÓ ISSO. – Parte 2 - HOJE, EM AMSTERDAM.


DO RIO A VIENA, MAS NÃO SÓ ISSO. – Parte 2 - Hoje, em Amsterdam.
(Por Lucas Souza)

Que bom que você aceitou o meu convite de embarcar junto conosco nessa viagem especial!

Depois de quase doze horas de voo chegamos a Amsterdam. Teríamos algumas horas de espera na escala do voo até Viena. Então, como estávamos ávidos por conhecer novos locais, saímos do aeroporto e passeamos por algumas horas.

Compramos um tíquete que nos dava direito a andar por um dia em vários meios de transporte, em Amsterdam - desde trem, barcos, metrô de superfície, até ônibus elétricos. Saímos do aeroporto de trem e, por um equívoco, entramos na linha errada. Assim, acabamos não indo para o centro da cidade como fora o intuito inicial. Porém, como diz um tio meu: “A melhor maneira de conhecer uma cidade é se perdendo nela.”. Passamos por alguns prédios cuja arquitetura sempre fugia ao convencional e foi então, quando começamos a perceber uma área mais rural, que nos demos conta de que não estávamos indo para a estação central da cidade. No entanto, o passeio foi bem bacana. Vimos as típicas vacas holandesas se alimentando de grama bem verde, em pastos que eram entremeados por rios. Sim, a Holanda e, principalmente, Amsterdam são locais que nasceram da vida pesqueira e cuja economia girava em torno do mar. Portanto, ali há muitos canais de água que cortam a cidade.

Foi nessa área mais rural que vimos algumas casas típicas Holandesas. As casas holandesas apresentam, em geral, uma característica marcante comum – janelas grandes. Sim, janelas amplas e grandes. É lógico que privacidade é algo importante, mas já pensou se nossa vida fosse assim com tamanha integridade e sinceridade que não temêssemos as janelas da vida? A transparência só é possível quando a nossa vida íntima condiz com a nossa vida pública. Só então poderemos ser sinceros, isto é, sem cera para encobrir nossas imperfeições.

Pegamos outro trem-bala, voltando, agora sim, em direção ao centro. Passamos pelo estádio do time de futebol Ajax, por vários canais de água, onde havia barcos transitando pelo caminho, e, por fim, chegamos à estação central. As inúmeras bicicletas cruzando a cidade nos impressionaram! Havia ciclovias e, interessante, muito próximo à estação de trem central um grande “estacionamento” de bicicletas, para que os ciclistas pudessem então pegar o trem.
Nosso destino, agora, era a casa de Anne Frank - a pequena menina judia que ficou refugiada, no período da Segunda Guerra Mundial, na empresa de seu pai. Ali, a adolescente Frank escreveu o conhecido diário intitulado pelo seu nome. Gosto muito de algumas frases de Anne Frank e da sua resiliência ao ultrapassar os problemas advindos da reclusão da guerra, derramando o seu coração a um diário. Quanta maturidade para uma pequena juvenil que sonhava, mesmo em tempos de guerra, ser uma jornalista! A esperança faz com que cruzemos as prisões circunstanciais e haja liberdade.

Algumas das frases de Anne das quais mais gosto são:
Escrever um diário é uma experiência realmente estranha para alguém como eu. Não somente porque eu nunca tenha escrito algo antes, mas também porque tenho a impressão de que nada do que uma garota de 13 anos escreva irá interessar mais tarde para mim ou outras pessoas. Bom, não tem problema. Eu me sinto como uma escritora.”

É difícil em tempos como estes: ideais, sonhos e esperanças permanecerem dentro de nós, sendo esmagados pela dura realidade. É um milagre eu não ter abandonado todos os meus ideais, eles parecem tão absurdos e impraticáveis. No entanto, eu me apego a eles, porque eu ainda acredito, apesar de tudo, que as pessoas são realmente boas de coração.”

Os sonhos são o motor da nossa vida e sonhar com o céu muda nossa maneira de viver desde já, aqui na terra. Através dos sonhos podemos trazer já para o presente porções do que será pleno apenas no futuro. Deus nos promete um local para se viver onde não há mais morte nem pranto nem dor, porque as primeiras coisas passaram (Apocalipse 21:4), porém, podemos viver uma parte da realidade do céu se Cristo viver em nosso coração. Com Cristo no coração podemos ser transparentes, não há do que se envergonhar. Quer liberdade maior do que essa? E a terra que ele nos reserva é um local de liberdade plena, além das nossas expectativas, um local que nem mesmo a imaginação de uma jovem reclusa poderia alcançar.

Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam.” (I Coríntios 2:9)



Lucas aceitou nosso convite para escrever neste blog, mas decidiu que não teria a mesma graça se não nos fizesse um convite também... E foi assim que teve a ideia de nos chamar pra seguir nessa viagem do Rio de Janeiro a Viena, com ele, Loisy - sua esposa, e um Amigo em comum. A coluna especial “DIÁRIO DE VIAGEM” trará momentos emocionantes e reflexivos desse tour, realizado em meados de 2015. Apronte-se e venha com a gente! Tenha em mente o que está registrado no seu primeiro post: “Raízes são essenciais, porém, sem asas, não se pode voar.”

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