quinta-feira, 8 de março de 2018

SAGRES E A NOVA TERRA


SAGRES E A NOVA TERRA
Filipe Souza – Florianópolis/SC

No sudoeste de Portugal, acima das escarpas rochosas, está situada a fortaleza de Sagres, no Algarve. A fortaleza fica na Ponta de Sagres, uma pequena península de rara beleza que se projeta no mar, de onde é possível observar a enseada de Sagres e o cabo de São Vicente[1].


Ao visitar o local não pude deixar de notar a presença de uma grande diversidade de pássaros que sobrevoavam o vasto oceano que envolve a península, e a força dos ventos. No interior da fortaleza pode ser encontrada uma enorme rosa dos ventos, bem como algumas homenagens ao Infante D. Henrique, popularmente conhecido como Infante de Sagres ou O Navegador. O Infante foi o quinto filho de Dom João I de Portugal e teve grande importância no princípio da era das descobertas, fundando a escola de Lagos, onde se reuniram astrônomos, navegadores e cartógrafos que desenhavam cartas náuticas e projetavam embarcações[2].


Ao observar aquele imenso oceano fiquei imaginando as caravelas que singravam os mares em direção ao novo mundo, cinco séculos atrás. Movidas pelo sonho dos exploradores e pela força dos ventos elas desafiavam as crenças populares em monstros marinhos e desbravavam o desconhecido.

 

Ao refletir na ação dos ventos sob as caravelas me recordei da maneira como Deus age em nossa vida. Ao conversar às escondidas com Nicodemos, um religioso sincero, porém bastante desorientado, Jesus declarou: “O vento sopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito.” João 3:8.

Mas quem é o Espírito de Deus? O Espírito é Aquele que nos convence “do pecado, da justiça e do juízo”, ou seja, daquilo que é certo ou errado (João 16:8). Ele é Aquele que fala aos nossos ouvidos aquilo que devemos ou não devemos fazer. “E os teus ouvidos ouvirão a palavra do que está por detrás de ti, dizendo: Este é o caminho, andai nele, sem vos desviardes nem para a direita nem para a esquerda.” Isaías 30:21.

Mas a despeito do vento indicar a direção e o sentido em que devemos navegar ainda assim podemos escolher assumir por nós mesmos o controle da embarcação e velejar à bolina, em zigue-zague em direção contrária à do vento, como fez Jonas, que rumou para Társis ao invés de ir a Nínive.

Porém, se entregarmos o controle da nossa embarcação nas mãos de Deus, Ele promete ajustar nossas velas e nos conduzir até à nova terra (Apocalipse 21:1). Se esse é o seu desejo, faça comigo esta oração: "Toma-me, Senhor, para ser Teu inteiramente. Aos Teus pés deponho todos os meus projetos. Usa-me hoje em Teu serviço. Permanece comigo, e permite que toda a minha obra se faça em Ti." (Caminho a Cristo, pág. 70 - CPB).

7 comentários:

  1. Muito bom.. Texto esse que nos faz refletir sobre a obra maravikhosa do Espírito Santo..
    Valeu Filipe...

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  2. Pelo visto você se apaixonou pelas terras lusitanas. Quem sabe de lá poderá surgir uma gaja apaixonante?
    Refletindo sobre o texto pude viajar no desconhecido, tanto a terra mãe como a terra feliz onde iremos pra sempre morar. O melhor de tudo, na presença daquEle que nos amou primeiro.
    Lindo texto, parabéns.

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Amém! Que assim seja em nossas vidas. Que venhamos permitir que Deus conduza nossa embarcação.
    Parabéns primo, mais um texto inspirador

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  5. Gostei muito do texto Felipe!
    Que Deus nos conduza hoje e sempre!

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  6. Excelente texto! Linda aplicação!!! Parabéns!

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  7. Linda mensagem! Que Cristo esteja no controle de nossas vidas...Deus o abençoe grandemente Filipe!

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