quinta-feira, 15 de março de 2018

A LOUCURA DOS SÃOS


A LOUCURA DOS SÃOS
Eduardo Dudu Santos – Rio de Janeiro/RJ

“Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo...” (I Coríntios 1:27)

Deve ter sido por volta de 2016 ou 2015, não sei ao certo, que fui chamado para participar de um evento cujo tema era: “Fé, o que é?”. Longe de querer definir exaustivamente o conceito, acho que a proposta era simplesmente fazer com que a gente refletisse sobre ele.


Creio que seja um bom momento para dizer que também não pretendo dar uma definição do que seja fé, e me desculpe se no pequeno parágrafo anterior consegui criar essa expectativa, mesmo sem intenção. Talvez, saíamos deste post com uma ideia do que a fé não é, mas só isso.

Recentemente, li um livro intitulado “Conectado: como ter um relacionamento direto com Deus”, de Steve Case. Num dos capítulos, o autor se dedica a nos lembrar de algo que encontramos traduzido em muitas histórias de personagens bíblicos, mas que rotineiramente preferimos não nos atentar: a fé não é ausência de dúvidas!

Antes que cause um nó na sua cabeça, não estou dizendo que você deve manter um nível de desconfiança para que sua fé seja genuína. Mas que, por sermos seres humanos dotados de lógica empírica, nossa fé necessariamente tem que lidar com as evidências da vida que nos levam a ter dúvidas. Basicamente, é enxergar a situação, entender racionalmente as circunstâncias e prever um desfecho desfavorável, mas, ainda assim, acreditar nAquele que pode reverter todos os males. Parece loucura ir contra as provas que a vida oferece, né? Mas quem disse que Deus usa a nossa lógica?!

Ainda hoje, me deparei com um texto do livro de Habacuque que pode encerrar bem nossa reflexão. Lá em Habacuque 3:17-18, o profeta fala assim: “Ainda que as figueiras não produzam frutas, e as parreiras não deem uvas; ainda que não haja azeitonas para apanhar nem trigo para colher; ainda que não haja mais ovelhas nos campos nem gado nos currais, mesmo assim eu darei graças ao Senhor e louvarei a Deus, o meu Salvador.

A situação do povo não era nada boa. Babilônia havia realizado um último ataque a Israel e a cidade estava em ruínas, o povo cativo e a esperança da intervenção divina desvanecida. Mas, mesmo diante de toda a adversidade, Habacuque preferiu não deixar as dúvidas falarem mais alto do que a confiança que ele nutria no Deus de sua salvação. Que essa seja a sua e a minha escolha a cada dia!



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