quarta-feira, 9 de agosto de 2017

PROCURANDO DORY

PROCURANDO DORY
João Octávio Barbosa – Bento Ribeiro City - RJ


Um ano após ajudar Marlin a reencontrar seu filho Nemo, Dory tem um insight e se lembra de sua amada família. Com saudades, ela decide fazer de tudo para reencontrá-la e na desenfreada busca esbarra com amigos do passado e vai parar nas perigosas mãos de humanos.¹

Com essa síntese, o mundo viu acabar a sua espera de 13 anos desde o lançamento de “Procurando Nemo” para poder assistir o segundo capítulo dessa saga, em junho de 2016. A premissa do segundo filme é parecida com a do primeiro: uma longa jornada em busca do passado. Mas muda o personagem principal.


Qualquer pessoa que nem sequer tenha visto os filmes pode perceber essa troca pelos títulos dos filmes. Na versão mais recente, o protagonismo vai para Dory, que na película anterior roubou um bom pedaço da cena com seu carisma.

A pequena peixinha (peixe parece não ter feminino, mas soou bonito para mim) Dory, com seu tradicional lapso de memória recente, cativa e enche de afeição qualquer um. No filme do título deste artigo, ela cruza os mares em busca das suas raízes, de uma família que ela tem uma vaga lembrança de amar.


SPOILER FINAL. Após uma emocionante aventura num parque aquático, Dory finalmente acha seus pais, que em nenhum momento a abandonaram. Pelo contrário, por anos buscaram trazer a filha de volta, com caminhos desenhados para que ela soubesse voltar.

Às vezes os animais se perdem. Conta-se a história de uma ovelha perdida. O seu dono, o pastor, tinha outras 99 ovelhas, as quais estavam exatamente onde deviam estar. Mas uma não. Perdeu-se porque quis se aventurar longe de casa. Logo, o pastor sabia, estaria desprotegida, desnorteada, arrependida. Porém ovelhas não conseguem achar o caminho por elas mesmas. Precisam ser achadas.

Essa história foi contada por Jesus. Ele disse:

Que homem dentre vós, tendo cem ovelhas, e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove, e vai após a perdida até que venha a achá-la? E achando-a, a põe sobre os seus ombros, muito alegre; E, chegando a casa, convoca os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida.
Lucas 15:4-6


Assim Jesus age com a gente. Para ele, o Bom Pastor, todos somos como ovelhas. Ele sai para procurar não Nemo nem Dory, mas você. Todos os dias. E se acha você, nossa! ele fica muito feliz! Mas ele só põe você nos ombros se você realmente quer ficar com ele. Do contrário, você fugiria de novo, e o seu trabalho de lhe procurar seria inútil.

A Dory poderia ter pensado que seus pais a haviam largado e não ir procurá-los. Assim como você pode achar que Deus não existe ou que, se existe, não deve se preocupar com você, já que nunca deu as caras ou porque sua vida não é tão boa quanto deveria ser.

Mas uma coisa eu lhe digo: ele saiu hoje para procurar você. E o achou aqui. Agora. Vai com ele? Sozinho você só tem a perder.

Não peço que concordem, espero que reflitam!

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Referência:

1 http://www.adorocinema.com/filmes/filme-210222/, acessado em 14/07/17, às 23h30.

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