terça-feira, 25 de outubro de 2016

COMO FOI QUE PAREI DE FUMAR EM 4 DIAS – 4º dia


A melhor maneira de limpar o organismo é fazendo, de vez em quando, um jejum. Organismo desintoxicado tende a ser mais resistente a um cigarro.

Quando acordei no quarto dia, estava chovendo muito, e como eu tinha decidido parar de comprar cigarros, fiquei com preguiça de ir na chuva até a casa da minha irmã pra pedir um cigarrinho. Escovei os dentes, fiz o gargarejo. Não fumei a manhã inteira. Foi tenso. Eu precisava de um cigarro de qualquer jeito, mas eu podia evitar, eu tinha que evitar. A mensagem veio à minha mente: “Decidi parar de fumar”... “decidi parar de fumar”... Decidi, então, ficar em jejum para limpar o organismo e tentar manter a calma.

Lembrei-me da dica da doutora Michele: “Não se irrite. Evite atropelos. Fuja do café, do cigarro e mantenha-se firme. Hoje é dia de vitória. Vá em frente.”.


COMO FOI QUE PAREI DE FUMAR EM 4 DIAS - 4º dia
Por Airton Sousa

Ao todo, são 5.315 substâncias (cerca de 4,7 mil nocivas) na fumaça do cigarro. O número pode chegar a 8.622 se também forem considerados os compostos presentes na folha do tabaco e os aditivos industriais.

FUMANTE PASSIVO 


O tabagismo passivo é uma inegável causa de doenças e morte. Ser fumante passivo significa inalar fumaça de cigarros (ou outros produtos derivados do tabaco) por pessoas que não fumam. Essa fumaça se difunde no ambiente e faz com que as pessoas ao redor inalem a mesma quantidade de poluentes que os fumantes. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o tabagismo passivo é a 3ª maior causa de morte evitável no mundo, perdendo apenas para o tabagismo ativo e para o consumo excessivo de álcool.

Estudos comprovam que os efeitos imediatos da poluição ambiental pela fumaça do tabaco não são apenas de curto prazo, como irritação nasal e nos olhos, dor de cabeça, irritação na garganta, vertigem, náusea, tosse e problemas respiratórios. Essa exposição também está relacionada ao aumento do risco de câncer de pulmão, de infarto, e de várias outras doenças graves, penosas e fatais relacionadas ao tabagismo.

Por isso, a regulamentação da Lei Antifumo é um grande avanço para o Brasil, uma vez que ela também protegerá a saúde do fumante passivo ao estabelecer ambientes 100% livres de tabaco. Com as novas regras, fica proibido fumar em ambientes coletivos fechados de todo o país, inclusive naqueles que são apenas parcialmente fechados por teto, toldo ou parede, por exemplo. Também ficam extintos os fumódromos e a publicidade passa ser ainda mais restrita.


"O fumante passivo corre tantos riscos quanto o dependente em tabaco. Muitas vezes até mais do que o próprio fumante", afirma o Pneumologista Sergio Ricardo Santos, presidente da Comissão de Tabagismo da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT).

"Não importa quem acendeu o cigarro, o que interessa é quem inalou a fumaça."

Se você é fumante, veja os riscos que as pessoas à sua volta sofrem por causa disso. “E, caso não fume, fique atento à qualidade do ar que você inala”.


Atualmente, cerca de um bilhão de pessoas em todo o planeta são fumantes. Estima-se que nas próximas duas décadas esse número se elevará para 1.6 bilhão, com grande contribuição dos países mais pobres, onde o consumo de tabaco tem aumentado e já representa a maior fonte de lucros da indústria tabagista.

Tamanho consumo faz com que o cigarro seja atualmente a principal causa de morte prevenível em todo mundo. Uma em cada dez mortes de adultos está relacionada ao tabaco. Isto significa seis milhões de óbitos por ano, 14 mil mortes por dia ou uma morte a cada 6 segundos por doenças causadas pelo fumo.

Para se ter uma ideia da tragédia que é o cigarro, em todo o mundo morrem mais pessoas de doenças relacionadas ao tabagismo do que de AIDS, álcool, drogas ilegais, assassinatos, suicídios e acidentes automobilísticos juntos.

O cigarro é diretamente responsável por:
·                   9 em cada 10 mortes por câncer de pulmão.
·                   3 em cada 10 mortes por qualquer tipo de câncer.
·                   3 em cada 10 mortes por doenças cardiovasculares.
·                   8 em cada 10 casos de DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica), como o enfisema pulmonar ou a bronquite crônica.
·                   1 em cada 2 mortes de fumantes.

Sabe o que eu acho? Que hoje é um grande dia. Estou a um passo da vitória. Até o momento nenhum cigarro. Hoje foi um dia de lutas, foi tenso.

Daqui a pouco, a última noite do curso. Dá um tremendo prazer ser dono da própria vontade. Eu sou mais forte do que o vício!

Fiquei triste, pois as pessoas que começaram comigo no primeiro dia desistiram pelo caminho. Cada um com uma desculpa, de um grupo de dez pessoas só eu afirmei ao final da reunião: Não vou mais fumar!

Eu parei de fumar no dia 28 de março de 2016 e quando você estiver lendo este texto, em dois dias estarei completando 180 dias sem cigarro.

Eu parei e você também pode parar. Fale comigo. Eu ficarei muito feliz em poder ajudar você.

Fumar só me trouxe dentes amarelos, pele enrugada, incapacidade física e uma vida mais curta.

Comece por decidir parar; depois você vai trabalhando sua decisão, dia a dia, um dia de cada vez, cada dia, até o último dia.
O que você vai ganhar com isso?
A vida!

Série completa:
DIA 1 - CLIQUE AQUI
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DIA 4 - CLIQUE AQUI
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Referências:

Fumante passivo: não fuma, mas corre os mesmos riscos dos fumantes ativos – disponível em:

Doenças do cigarro – como parar de fumar – disponível em:

Quais são as “mais de 4,7 mil substâncias tóxicas” no cigarro? - disponível em:

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